A importância da Independência e Autonomia para os Idosos
A independência é a manutenção da capacidade funcional, por exemplo de realizar as atividades básicas diárias (alimentar-se, fazer a higiene pessoal, fazer suas necessidades fisiológicas, tomar banho, vestir-se, se locomover, etc…) e as atividades instrumentais da vida diária (fazer compras, administrar a vida financeira, usar meio de transporte, cozinhar, cuidar da própria saúde) sem o auxílio de outra pessoa.
A dependência funcional ocorre por causa de déficits em capacidades físicas e funcionais, incapacitando o indivíduo de manter as habilidades físicas necessárias a uma vida independente.
Autonomia se refere ao exercício do autogoverno, autodeterminação, livre-escolha, liberdade individual e independência moral. Refere-se à liberdade de escolha, à capacidade de tomar decisões. A autonomia é uma necessidade básica do ser humano e essencial ao bem-estar mental dos indivíduos.
Com relação ao cuidado de idosos física e/ou funcionalmente dependentes é necessário perceber as possíveis correlações entre estes conceitos.
Existem vários tipos de dependência sendo possível ser dependente em alguns aspectos e independente em outros. É possível, por exemplo, que um idoso tenha uma dependência funcional sem comprometimento cognitivo, ou mesmo com leve comprometimento cognitivo que não impeça que ele tome suas próprias decisões, ou seja manter a autonomia.
Há ainda a possibilidade de coexistência de dependência físico funcional com comprometimento cognitivo severo que leva a perda da autonomia, nestes casos a dignidade da pessoa estará nas mãos do cuidador, familiar ou não, que deverá manejar a situação com responsabilidade e respeito. Mas muitas vezes a dependência físico-funcional é confundida com falta de autonomia, ou seja, a incapacidade de tomar decisões o que dá origem à perda da individualidade e sofrimento emocional.
Em relação às situações descritas deve-se agir de forma a estimular e preservar o máximo de independência com segurança, incentivar e respeitar a autonomia sempre que possível e na perda da capacidade de autonomia, preservar a dignidade e o respeito.
Mesmo que a autonomia esteja completamente prejudicada devido ao grave comprometimento cognitivo, é possível conhecer a história de vida do idoso, suas preferências e hábitos e respeitá-las como seria de sua vontade caso tivesse condições de ainda manifestá-las.
Sobre o Instituto Viva Bem
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