Síndrome da Bexiga Hiperativa atinge principalmente os idosos

Popularmente identificada como incontinência urinária, doença afeta a qualidade de vida dos pacientes e não deve ser considerada comum na terceira idade

Bexiga Hiperativa (BH) é o termo utilizado para se referir à necessidade urgente de urinar. Essa urgência é de difícil controle geralmente está associada à incontinência urinária. O problema é bastante alto na população em geral, atingindo cerca de 5% dos homens e mulheres com menos de 40 anos e até 35% da população acima de 70 anos.

Acordar várias vezes a noite para ir ao banheiro ou não conseguir segurar a vontade, muitas vezes são considerados sintomas urinários que fazem parte do processo normal de envelhecimento. Contudo, a incontinência urinária não deve ser tratada como uma situação corriqueira.

A doença é mais comum nos idosos. Por conta do envelhecimento, há uma diminuição da capacidade de armazenamento da bexiga e alterações no tônus muscular. As mulheres também são mais atingidas, principalmente após a menopausa. Ainda assim nos homens mais velhos é preciso considerar o aumento da próstata, que passa a pressionar o órgão.

Também são fatores de risco as infecções do trato urinário e o uso de alguns medicamentos. Pessoas que têm diabetes, artrite, são obesas, depressivas e tabagistas também estão mais propensas a ter esse problema.

E ainda costuma aparecer em quem teve doenças neurológicas, como AVC, Parkinson ou esclerose múltipla, pois elas afetam o cérebro ou a medula espinhal e a comunicação entre os órgãos.

Principalmente para os idosos, a situação pode ser ainda mais complicada pois é comum que essas pessoas comecem a limitar as atividades sociais e busquem o isolamento, o que afeta a qualidade de vida, levando inclusive a ansiedade e depressão.

Na maioria dos casos o diagnóstico costuma ser clínico, em consulta com um especialista, que vai avaliar os sintomas, o histórico familiar, além de solicitar exames de urina e ultrassom. Em algumas situações, são necessários procedimentos mais complexos, como uma avaliação urodinâmica.

O tratamento da bexiga hiperativa pode ser realizado por meio de terapia comportamental, medicamentos e em casos mais graves, cirurgia. A escolha do modo mais adequado para cada paciente deve ser realizada por um especialista e vai depender da intensidade dos seus sintomas e do quanto o quadro interfere na qualidade de vida do paciente.

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